segunda-feira







69º aniversário do início da II Guerra Mundial
Para que não se repita
5 horas e 45 minutos de 1 de Setembro de 1939.
Começava a II Guerra Mundial, a partir de um falso incidente provocado pelo nazismo alemão na estação de rádio de Gleiwitz, junto da fronteira com a Polónia. Como todas as guerras de agressão esta começava com uma mentira.
Começava a loucura que iria custar a vida a 50 milhões de pessoas, e a destruição de hospitais, pontes, escolas e museus, fábricas e habitações. Abriram-se as portas do inferno na terra, com aldeias e cidades destruídas através de cegos e consecutivos bombardeamentos que trouxeram o medo para o quotidiano de milhões de inocentes. A fome, angústia e sofrimento provocados pelos 6 anos de guerra são imensuráveis e inenarráveis. Os últimos actos da II Grande Guerra foram os odiosos crimes de Hiroshima e Nagasaki, que produziram vítimas durante dezenas de anos.
A conquista de fontes de matérias-primas e de mercados, a concorrência entre as potências económicas (Estados e grandes empórios), e ainda a ânsia de impedir o surgimento de quem pudesse pôr em causa a ordem politica e económica vigente, foram as causas profundas que provocaram a guerra.
O incidente fronteiriço, o exacerbar de sentimentos patrióticos, o injectar de medo por um inimigo estrangeiro, foram as mentiras utilizadas para levar os povos a aceitarem a guerra.

A história não se repete mas pode ensinar-nos a estarmos atentos.

O CPPC ao evocar esta data pretende alertar para os perigos de um holocausto que a actual politica armamentista e belicista pode provocar.
Assiste-se a uma corrida desenfreada aos armamentos, ao atropelo do Direito Internacional, às provocações entre Estados, à criação de um clima de medo, à conquista de fontes de matérias-primas e respectivas rotas de transporte, à custa de centenas de milhares de mortes e sem o menor respeito pela dignidade humana.
O equilíbrio e avanços civilizacionais que os povos exigiram após II Grande Guerra estão a ser destruídos. A libertação de povos do sistema colonialista está a ser substituída por novas colónias. Através da adulteração dos conceitos de democracia e liberdade, ignora-se a vontade, liberdade e segurança de Estados e povos.
A ganância e ambição hegemónica dos EUA e alguns outros Estados seus aliados podem provocar, tal como no passado, um choque entre potências com trágicas consequências para a humanidade.
Tal não é uma inevitabilidade.
O CPPC apela à luta pela Paz, à congregação de esforços para a criação de um grande movimento contra a guerra, à participação de todos nas várias esferas da actividade política e social, pelo esclarecimento e nas acções contra a guerra, pois a Paz é possível.

Lisboa, 30 de Agosto de 2008
O original encontra-se em http://www.cppc.pt/

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