quarta-feira
O Sangue do Ruanda escorre na pirâmide do Louvre!
Nós, cidadãos e cidadãs do colectivo Genocídio Made in France, denunciamos o envolvimento do Estado Francês no genocídio dos Tutsis no Ruanda no ano de 1994. Nosso intuito é alertar outros cidadãos e cidadãs a respeito do silêncio ensurdecedor acerca deste tema dos principais candidatos à eleição presidencial francesa.
Todo dia 7 de Abril, dia em que foi desencadeado o genocídio dos Tutsis em Ruanda, ano após ano, a apatia da República francesa, é proporcional à sua cumplicidade neste "crime dos crimes".
A pirâmide do Louvre é o símbolo da vontade de François Mitterand em deixar uma gloriosa marca na história.
Contudo, há outros vestígios que o nosso Ex-presidente da República deixou, no âmbito da "Françafrique" (termo que identifica o sistema neocolonial francês após a independência) : Marcas de um apoio sanguinário a um governo extremista ruandês, que exterminou um milhão de homens, mulheres e crianças em menos de três meses. Nunca, nenhuma estratégia geopolítica pode justificar o apoio a um regime genocida. Com o espírito da não-violência, estendemos uma faixa aos pés da pirâmide do Louvre : "Ruanda, genocídio Made In France".
Marianne (símbolo feminino da Republica Francesa), vestida de azul-branco-vermelho, com seu boné "phrygien" (símbolo da Revolução Francesa), ficou humilhada na fonte ensanguentada da pirâmide, diante da confissão póstuma de François Mitterand gritando no megafone : "Participamos do treino e do apoio a um regime racista e genocida".
Porque um "genocídio Made in France" ?
O livro de G. Périès e D. Servenay ("une guerre noire" éd. La découverte, 2007) demonstrou claramente que as estruturas militares do Estado de Ruanda foram directamente extraídas da doutrina francesa, a dita "guerra revolucionária", que institui o controle total do povo através do medo.
No início dos anos 90, passa-se da ideologia à acção : militares franceses, sob as ordens do Elysée (Palácio do Presidente Francês) , auxiliaram o exército ruandês durante os preparativos do genocídio. E, enquanto o massacre decorria, este escândalo continuou com o apoio diplomático e financeiro francês, bem como, com a entrega de armas. O pior crime cometido pelo o Estado francês desde o regime de Vichy e a deportação dos judeus, ainda hoje é tabu : Ségolène Royal (candidata às eleições presidenciais de 2007, pelo PS), ainda falava de "guerras tribais" no fim do genocídio, enquanto Nicolas Sarkozy (candidato às eleições presidenciais de 2007, pelo partido UMP, e actualmente Presidente de França), o então porta-voz do governo, elogiava a "Operação Turquesa" que foi instaurada na última hora do massacre, para permitir a fuga dos genocidas.
Exigimos :
- O reconhecimento público da responsabilidade da França no genocídio e ressarcimento das vítimas.
- A desclassificação dos documentos "confidenciais" relacionados com o papel da França no genocídio.
- A instauração de um verdadeiro controle parlamentar sobre as intervenções militares da França.
- A retirada das bases militares francesas em África.
www.genocidemadeinfrance.com
Opération Turquoise
Operation Turquoise.
Total failure and partial participation of France in the genocide!
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